4º e último dia do FISL15

fils15Cheguei às 9hs para o encontro com a comunidade PHP-RS. Pouca gente e fizemos uma roda para cada um se apresentar. Contei minha história na UFRGS e meu inicio em PHP na Escola de Engenharia. Após fomos conversar no estande da comunidade PHP-RS na feira e troquei umas idéias com um desenvolvedor profissional de WordPress cuja comunidade, das que são baseadas em PHP como Joomla e Drupal, estava ausente.

Peguei no meio a continuidade do painel sobre o Marco Civil da Internet com o agora palestrante Sérgio Amadeo discorrendo sobre o polêmico artigo 15. É claro que interesses pressionando os parlamentares conseguem inserir texto diverso do original proposto pelo governo mas o Marco foi aprovado e agora a luta continua com a regulamentação e posteriores decretos da Dilma.

Assisti palestra interessante sobre a segurança do sistema de votação do TSE. Conversei com o pessoal do LibreOffice que conseguiu implantá-lo na UNESP. Em princípio o LibreOffice não deve muito ao Office da Microsoft, o problema é a interoperabilidade entre os dois produtos já que a Microsoft vai modificando suas extensões justamente para dificultar a integração destes produtos, por motivos óbvios.

Para fechar o evento passei numa destas salas de reunião que ficam na feira e vi projetado “Software Livre e Vegan, um link possível ?”, entrei sentei e gostei da discussão sobre os maus tratos de animais e alimentação natural.

Fim do meu segundo FISL e é sempre bom lembrar que a agenda de questionar patentes indefinidamente proprietárias e trabalhar colaborativamente pode ser migrada para vários temas, esse é o grande barato deste fórum, até o FISL16 !

 

3° dia do FISL15

fils15Palestras assistidas:

1) PHP na tela escura: Aplicações poderosas em linha de comando por Rafael Jaques: O PHP não foi feito só para a web. Rafael mostrou alguns comandos via CLI – Comand Line Interactive, uma espécie de prompt. Comunidade de PHP www.php-rs.org;

2) Fazendo a web falar: HTML5 e WAI-ARIA: Vanessa Me Tonini da W3C Brasil falou e mostrou sobre acessibilidade com voz hackeando o próprio HTML. Por que da necessidade da acessibilidade ? 1 bilhão de pessoas com deficiência no mundo, 500 mil não enxergam no Brasil e 45.623.910 com deficiência também no Brasil;

3) Escalando o pé de feijão, uma história na nuvem: esta palestra entrei de furão pois não é bem minha área mas valeu para confirmar que a cloud computing é economicamente inevitável. A internet das coisas (IoT) precisa de infraestrutura potente para suportar os vários devices. Foi mostrado um conjunto de ferramentas de administração rápida e eficiente dos seus sistemas na nuvem;

neri4) Como se tornar um empreendedor em TI: ótima palestra do prof. Neri Neitzke contando sua própria história vindo do interior de Carazinho. “Caminha, busque, sonhe”;

5) A história do GNU: 30 anos de criação do Software Livre: palestra iniciando nos anos 60 quando a IBM fabricava suas máquinas já com o software e este não tinha valor;

6) A aprovação do Marco Civil e as consequências para a sociedade: eu ainda não li o texto do Marco Civil. Sabiam que o governo deverá utilizar protocolos e tecnologias livres para se comunicar com a sociedade ? Um painel de 3 palestrantes relatou a batalha no congresso para se aprovar o marco. Como existe lobby no congresso dos “poderosos” o artigo 15 se tornou polêmico mas a neutralidade da rede foi garantida;

7) Debate sobre energia livre: peguei a palestra no fim mas o debate valeu muito, tema fundamental para nossa sociedade e ninguém tem dúvida que existe alternativas energéticas gratuitas porém, mais uma vez, os grandes grupos interferem.

Andei bastante pela feira que está bombando, pena que esteja com uma lesão no braço direito me incomodando.

2º dia do FISL15

fisl15metrofils15Hoje achei a feira mais animada, mais gente. Assisti a 7 palestras:

1) Estratégias hácia la innovación y soberanía tecnológica com software libre: o engenheiro Manuel Haro Márquez discorreu sobre o crescimento do SL nas universidades, setor privado e público do Gobierno del Estado de Zacatecas no México. Este estado mexicano possui LABSOL (Laboratórios de Software Livre) espalhados pelo estado com interação do governo, universidades, empresas e sociedade civil. Uma experiência de desenvolvimento de SL que o Brasil devería se espelhar;

2) LibreOffice – Inovações da versão 4.2: a carioca Eliane (elianedomingos@libreoffice.org) iniciou mostrando app para Android com o qual conduziu a apresentação. Uma das novidades da versão 4.2 é que não terá mais limite de 65000 caracteres por parágrafo. Informou que o Brasil é camnpeão de download do LibreOffice e não tem políticas públicas para o seu uso.  A previsão para o software na nuvem e no Android é para 2015, talvez;

3) OpenFlow – Liberte sua rede de tecnologias proprietárias com OpenFlow: Beraldo Leal da UNIFESP informa que o OpenFlow separa o Control Plane do Data PLane sendo que o switch passa a ser uma “caixa burra” e o protocolo passa a ser acessível para modificações. Na verdade toda a liberdade tem seu preço e nem sempre é um mar de rosas;

4) Como estamos construindo o novo Software Público Brasileiro e Ativos de Software do Governo Federal: o som estava muito ruim e eu esqueci meus aparelhos mas o que entendi é que um grupo de alunos da UNB participa de um projeto de controle e gestão de aplicativos se SL. Fiquei conhecendo o Portal do Software Público Brasileiro – www.participa.br/softwarepublico;

5) A construção de uma cultura digital, Diego Aguilera e sua colega da Secretaria de Inclusão Digital: projeto do governo de levar a internet de qualidade a cidades remotas com foco no Norte e Nordeste. O projeto é composto de 3 pilares: aplicativos, capacitação e infraestrutura de redes. Parceiros: Ministério da Saúde e Orçamento, UFPR e SERPRO. Além do desafio da implantação do sinal em regiões remotas temos o impacto cultural com a implantação de aplicativos frente a cultura do registro em papel;

6) Dê adeus ao BI – seja bem-vindo à era do Analitics: “O sucesso das organizações depende do uso inteligente das informações disponíveis” Peter Drucker. Palestra interessante de 2 baianos da empresa “OXENTI” (nada mais coerente, eh eh) sobre a evolução do BI pelas fases centralizado, web e app chegando ao BigData que se caracteriza por volume de dados, velocidade, variedade e veracidade. Apresentaram novas tecnologias de disponibilização de dados de variadas origens, assunto apaixonante e mais que atual;

7) BITCOIN: segunda palestra que assisti sobre o assunto e acho que já sou doutor. Chima e Rússia são contra, pode ser enviado para qq lugar, bar do Zé Gordo em SP tem terminal ATM para troca de Real por Bitcoin, volatilidade alta, alguns comparam com bolsa de valores pois a valorização é determinada pela demanda, cryptomoeda (segurança baseada em código criptografado), www.bitcopin.org.

1° dia do FISL15

fils15Fui o 1° na fila de credenciamento para evitar qualquer atraso. Este ano constatei menos espaços para palestras. Na feira fotografei o governador Tarso Genro a 2 metros. Como sempre a feira é bem movimentada, vou esperar os próximos dias para ver se esquenta mais.

Palestras assistidas:

1) Infraestrutura livre: Redes de Data Centers Compartilhadas: Palestra muito interessante discorrendo sobre a IF (Internet do Futuro). A infraestrutura da internet completou este anos 25 anos e o velho protocolo IP não atende mais as demandas. O novo protocolo deverá ser o OpenFlow. A nuvem veio para ficar cujo protocolo deve ser o OpenStack. Assim como existe software como serviço e plataforma como serviço vamos evoluir para redes como serviço;

2) Empoderando o usuário com software livre: Experiência no Banco do Brasil que visa descentralizar certo desenvolvimento para o usuário;

3) Radicais livres, quem são: Discussão sobre o radicalismo no ambiente do software livre questionando qual é a verdadeira liberdade de escolha quando você é pressionado a não usar nenhum software proprietário;

4) Explorando as API´s do Html5: Esperava muito mais desta palestra que poderia ter explorado mais as diferenças de suporte às API´S do Html5;

5) LibreOffice:  Muito boa palestra explicando como se dá o desenvolvimento deste enorme software com compartilhamento de desenvolvimento em várias equipes e níveis de colaboradores. Perguntei se havia compatibilidade dos arquivos do LibreOffice com Office da Microsoft e a resposta em resumo foi que a Microsoft cria versões dificultando ao máximo qualquer interoperabilidade. Perguntei também por que instituições públicas não eram obrigadas a utilizar ao menos internamente o LibreOffice e se existem iniciativas nesse sentido, a resposta foi que existem iniciativas porém não há interesse;

6) Bitcoin – o futuro do dinheiro é open-source ?: A palestra foi um bom esclarecimento sobre o Bitcoin. A geração da moeda eletrônica está limitada a 21 milhões e me chamou a atenção que quem tiver 51% da moeda tem poder de regular seu valor. Além disso o valor do Bitcoin é regulado pela oferta e procura. Não sei se um dia nosso dinheiro em papel será substituido por uma moeda eletrônica, com os parâmetros do Bitcoin acho arriscado.

Entrei na palestra sobre o Python pois o Vindula é desenvolvido nesta linguagem porém desisti pois era muito código pra minha cabeça. Perdi a palestra sobre IPV4 X IPV6.

FISL15 difunde inovações que possibilitam Energia Elétrica Livre

teslaEntre os diversos assuntos que são esperados durante o 15º Fórum Internacional do Software Livre, um dos que mais desperta curiosidade é a Revolução Energética. Trata-se de um movimento mundial que luta contra forças que estariam impedindo que a sociedade tenha acesso à Energia Livre. De acordo com pesquisadores, existem mais de 500 patentes de dispositivos que tornariam este sonho possível, que foram compradas e escondidas.

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